sábado, 30 de maio de 2015

Impala 1958

E se você tivesse que escolher 1 entre 20 carros antigos em perfeito estado de conservação para retratar em duas horas? Entre os carros, um Porsche 73 vermelho, um Chevrolet azul 39, um Dodge 29, um Corvette preto 59 e assim vai. A decisão não foi difícil só pra mim. No domingo dia 24 de maio, um bando de gente feliz foi com papéis, tintas, canetas, cadeira em baixo do braço, máquina fotográfica e o que mais achava necessário, desenhar a incrível coleção de carros antigos do Sr. Udo Heller. O clima estava ótimo e vou deixar as fotos contarem o resto da história.



Escolhi um Impala 58, verde metálico. Foto de Maristela Rodrigues.






















O Sr. Udo Heller já não está mais entre nós, mas seu filho Luis Fernando agora cuida com muito carinho da coleção. E que coleção.....




















tem carro de mafioso,
























carro esportivo,

















e até o carrinho do Mr. Bean. Fotos dos carros de Washington Takeuchi.













Ah sim! Das 9:30 as 11:30 os croquis são feitos, depois nos reunimos para ver de que forma cada um retratou o motivo escolhido. Amo este momento, sempre sou surpreendida.



Tem quem desenhou a oficina inteira, outro preferiu um fusca conversível amarelo.
Agora lembrei de uma frase da minha sobrinha Julia quando era bem pequeninha. "Já sei porque se chama conversível, porque assim sem o capô as pessoas podem conversar melhor."










Alguns usam aquarela e já fazem logo uma coleção. Outros preferem as bicicletas. Fotos de Maristela Rodrigues.
















Depois nos reunimos para a "foto oficial". Foto de Washington Takeuchi.










sexta-feira, 29 de maio de 2015

Se permita a experiência

Não é intenção minha fazer qualquer propaganda aqui, mas vale a pena ver o olhar da criança sobre uma obra de arte. Excelente comercial, inspirador para aqueles que criam, um estímulo pra continuar. Vários amigos me dizem, "até gostaria de entender a arte, mas quando vou aos museus, acho as obras tão estranhas." Aqui vai uma dica. Seja apenas sincero como uma criança. Se gostar, diga que gosta, e se não gostar, também, tudo bem. Apenas se permita a experiência.


sábado, 23 de maio de 2015

Luzes de outono

"O desejo e a capacidade de compartilhar a beleza com os outros é um dom e um chamado que vale a pena perseguir." Adam Clague

Curitiba é conhecida por ser uma cidade verde. Em um canto verde desta cidade, no "Bosque do Papa" pude mais uma vez passar uma manhã de domingo agradável em companhia do grupo Croquis Urbanos Curitiba. Desta vez foi um pouco diferente. Tivemos a  doce ajuda de alguma meninas do Projeto Casa Lar sob a suave luz e cores do outono.



Sob as lentes de Ari Lopes da Rosa, os croquis realizados neste domingo, dia 17 de maio de 2015.












A pintura feita por Ana Paula, com cores fortes e alegres. Foto de Regina Oleski.















Pintura, óleo sobre tela. Dimensão 20 x 30. Casa polonesa, Bosque do Papa, Curitiba.





















E aqui um vídeo realizado neste domingo por Danielle Neves. Assista e passe um minutinho em companhia dos Croquis Urbanos. 


segunda-feira, 18 de maio de 2015

Honra a quem merece honra

Sabe aquele dia em que as coisas definitivamente parecem não dar certo? Pois é, numa segunda-feira foi este dia pra mim. Estava fazendo um lanche com meu filho no Sr. Garibaldi  do Shopping Cristal, depois corri de um lado para o outro a fim de conseguir cumprir com meus compromissos, mas de repente notei que estava sem minha carteira. E agora? Onde a havia deixado? Lembrei que a última vez que a tinha usado era neste estabelecimento. Como estava meio distraída, consegui bater o carro (nada grave). Quando cheguei ao Sr. Garibaldi a moça que me atendeu ainda estava lá. Perguntei quanto à minha carteira. Ela então abriu a gaveta e disse que estava lá sim, me devolveu e eu, como sinal de honra e de respeito por seu gesto honesto gostaria de deixar registrada aqui minha gratidão. Vivemos sim em um país de gente honesta. Que esta atitude possa ser contagiante.


Aqui está Monaine, a quem quero deixar meu agradecimento. Hoje passei por lá novamente e a presenteei com uma tela.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Composição

"Arte pra mim não é produto de mercado. Podem me chamar de romântico. Arte pra mim é missão, vocação e festa." 

Fui seduzida pela cor. Cheguei a casa de Rodolfo Hey, juntamente com mais um tanto de gente bacana na manhã de um domingo cinzento de abril. A turma que faz parte do grupo Croquis Urbanos Curitiba foi convidada para retratar esta casa ímpar de estilo polonês pintada com cores fortes. A cor  me distraiu completamente. Visualizei uma porta amarela e decidi rapidamente, é essa. Pintei durante duas horas e não conseguia chegar onde queria. Tudo bem, não desisto fácil Em casa "caiu a ficha". Escolhi uma composição arriscada. Nada de dividir a tela em terços, nada de pontos estratégicos para oferecer ao observador um passeio visual. Mesmo assim continuei em minha escolha, terminei apenas esta semana e aqui está. Pura cor. Gostei assim mesmo.




Casa de Rodolfo Hey. Técnica: Pintura a óleo. 20 x 30.


quarta-feira, 13 de maio de 2015

Atelier

Cada profissão requer um ambiente de trabalho distinto, com as ferramentas necessárias a sua disposição.  O marceneiro precisa de uma marcenaria, com serras, madeiras, mesas de corte. O dentista precisa de um consultório com uma cadeira específica para o paciente. O florista de espaço que possa manusear com liberdade e criatividade a sua mercadoria. E não é diferente com o artista plástico. Ele necessita de um atelier, de preferência espaçoso onde possa trabalhar e desenvolver a sua forma de expressão escolhida. Aqui selecionei algumas imagens de artistas que admiro e seus ateliers e uma obra que possivelmente tenha realizado neste espaço. 



Atelier do pintor barroco holandês Rembrandt. Recriado na casa que ele viveu entre 1639 a 1658 em Amsterdã. A grande sala como era chamado, recbia muita luz natural, aliás este grande mestre é conhecido pela beleza no uso de luz e sombra em suas obras.







"Ronda Noturna" pintada entre 1640- 1642. 




















Atelier de Paul Cezanne. Pintor francês, modernista. Cituado em Aix-en-Provence. No atelier se encontram os as estátuas de gesso, roupas, objetos móveis e cartas.














"Natureza morta com cesto". Motivo que Cezanne pintou diversas vezes, procurando sugerir o volume com cor ao invés de luz.















Georgia O'Keeffe, em seu atelier localizado no Novo México. 















"Papoulas orientais" 1928. Esta pintura reflete sua visão sobre enxergar a beleza na simplicidade. 















A artista brasileira Beatriz Milhazes, em seu atelier, no Rio de Janeiro.









E aqui estou com a artista em sua exposição "Meu Bem", no Museu Oscar Niemayer, em 2013.














As super coloridas telas demostram sua ligação com o artesanato brasileiro e a arte popular. A técnica que ela desenvolveu é a de pintar com tinta acrílica sobre uma superfície de plástico para depois tranferí-la para tela.













sábado, 2 de maio de 2015

Inspiração

Os impressionistas, com suas pinturas cheias de luz e cores, realmente são os que mais admiro. Recentemente tive o privilégio de conhecer os Jardins e a casa de Claude Monet. Amei. E, inspirada neste grande artista aproveitei esta calma tarde de outono para retratar algumas ninféias. Acredito esta foi apenas a primeira de muitas telas que pintarei com este motivo.  Diz o ditado: "a boca fala do o coração está cheio", no meu caso, as telas mostram do que o coração está cheio. De alegria e de gratidão por pintar rodeada de pessoas queridas, enquanto escuto as crianças brincando, sabendo que tudo é um presente do imenso amor de Deus.




















E aqui está a tela que pintei hoje. Óleo sobre tela, 20x 30, plein air.












E se quiser conhecer um pouco mais sobre Monet, seus jardins e suas pinturas, escolhi este texto que extraí da revista "Casa e Jardim"  http://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Paisagismo/Jardim/noticia/2013/05/jardins-de-monet-eles-existem.html

Apaixonado pela natureza, o pintor impressionista francês Claude Monet (1840-1926) iniciou o seu próprio jardim logo que se mudou de Paris para Giverny, em 1883. Ele alugou uma casa num grande terreno, de 8.100 m², em que poderia criar suas oito crianças, ficando perto de uma boa escola infantil e de Paris, onde eram negociadas as suas obras. A pequena Giverny, um vilarejo bucólico, na época com 300 habitantes e a cerca de 70 km da capital francesa, impressionou e muito Monet. A natureza, as flores e a luz brincavam de revelar e esconder as cores e os aromas, fascinando o artista e criando o início de uma relação de cumplicidade, emoção e arte. Arte ao ar livre.
Com o sucesso de suas vendas, em 1890, Monet comprou o terreno e foi lentamente adquirindo algumas terras à volta de sua propriedade, criando um paraíso natural com a ajuda de uma equipe de dez jardineiros e três motoristas. O artista plantou inúmeras espécies de flores, plantas ornamentais e árvores frutíferas. Criou espontaneamente dois jardins – Jardim d'Água e Jardim da Normandia – e deixou que a natureza se encarregasse de ditar a beleza e a estética visual do lugar.
Esta é a famosa ponte japonesa, retratada por Monet em 45 obras. Os barcos eram utilizados como apoio na manutenção e limpeza das águas. O artista sempre utilizou o lago como espelho e jogo de reflexões em suas criações e representações de cores, luzes e  (Foto: Fernando Grilli)
Claude Monet descansa em seu Jardim d'Água (Foto: Divulgação)

“Quando estava fora de casa, Monet sentia falta de sua companheira (Camille Doncieux), de suas crianças, de seus ateliês, de seus dois jardins e principalmente de suas flores. Ele tomava sempre um banho gelado matinal e um café reforçado na companhia de um de seus filhos, antes de começar o seu dia de trabalho. Em seguida, abria a porta da cozinha e saía para trabalhar em seus jardins, onde tudo respirava e tinha vida e onde o tempo parava”, diz Claire Joyes, esposa do bisneto de Claude Monet e escritora das principais biografias do artista.
Gilbert Vahé, chefe do jardim deMonet desde a sua restauração, em 1977, conta que o pintor “sempre se sentiu um paisagista e gostava de apresentar-se como tal”. Vahé explica melhor: “Ele aproveitava cada momento, cada diferença, cada contraste de luz, cores e florações para retratar perfeitamente os seus jardins em suas obras”.
Somente do Jardim d’Água, Monet pintou mais de 272 obras catalogadas, durante 20 anos de trabalho. A sua ponte japonesa foi retratada 45 vezes, com diversas luzes e cenários naturais. Amante das cores do mar e das águas, o artista dizia que cada momento correspondia a uma relação da natureza com a luz, com as sombras e com os reflexos das plantas nas águas. Naqueles jardins nunca houve espaço para monotonia.
"Mesmo sendo os jardins as principais áreas de sua moradia, Monet adorava a cozinha e a sala de jantar, onde recebia seus amigos, mantendo-os sempre por perto", explica Claire Joyes. Clemanceau, Mebeau, Cézane, Rodin, Truffaut e diversos outros nomes das artes e da política eram alguns dos frequentadores assíduos da residência, onde o artista preparava, em sua grande e moderna cozinha azul, pratos da culinária inglesa, que tanto amava. Após as refeições, faziam passeio pelos jardins, que davam aos visitantes a sensação de estarem penetrando dentro das obras de Monet e, mais ainda, dentro da intimidade do artista com a natureza. O pintor muito discutia com seu amigo Georges Truffaut, o famoso paisagista francês, a estrutura dos jardins. Apesar de sempre dizer que não tinha espécies de sua preferência, consideram-se os lírios-d’água, as íris e as herbácias as suas preferidas, por serem as mais vistas em suas obras.
Hoje em dia, o jardim-patrimônio deixado por Monet, preservado como na época do mestre, pode ser contemplado em Giverny, na França. Ele nos faz entender a relação do artista com as suas obras e pensar na emoção de nossa própria relação como verde, impondo-nos a necessidade de uma constante preservação da maior obra de arte doada à humanidade, a natureza.Acima, as ninfeias, ainda sem flor, espalham-se pelo lago. Ao fundo, a casa do pintor, cercada de um mundo de espécies catalogadas, mais de 1.800. As plantas enchem de cores e aromas o imenso jardim (Foto: Fernando Grilli)