terça-feira, 30 de junho de 2015

Casa Cor SP 2015

Interessante essa coisa de morar. Como investimos tempo e dinheiro em criar um ambiente que nos faça sentir bem, relaxar e desfrutar a vida simplesmente estando em casa. Dizem que a gente viaja o mundo só pra descobrir que o melhor é voltar pra casa. Gosto de visitar a Casa Cor, ver o que há de novo e o que, como dizia a minha vó "quando a tigela está cheia, a gente derruba tudo fora e começa de novo" está sendo recriado. Ainda não vistei a de Curitiba, mas dei uma olhada na de São Paulo e me alegrei ao ver as paredes novamente sustentando quadros. A alguns anos parecia que só havia lugar para papel de parede ou outros tantos revestimentos. Com um olhar sobre o jeito brasileiro de viver achei esta edição da Casa Cor SP bem acolhedora. 



Alguns quadros que estão na parede dos fundos são na verdade molduras para livros. Você pode remover o vidro, abrir o livro em outra página, recolocar o vidro e assim terá uma nova gravura na parede. Genial. Ambiente decorado por Bruno Gap.






Obras de arte de artistas renomados e anônimos integram os espaços de maneira suave a elegante. Ambiente projetado pela decoradora Myrna Porcaro.







Fotografias também aparecem em vários ambientes. Esta de Araquém Alcântara no ambiente decorado por Dado Castello Branco.
















Em breve visitarei a Casa Cor Paraná. Espero encontrar por aqui paredes tão agradáveis como as que mostrei acima.


quarta-feira, 24 de junho de 2015

Manhã gelada.

Nesta manhã de solstício de inverno, gelada sem sol, bem curitibana, já cedinho fui ao Parque Barigui junto com mais alguns corajosos retratar este dia com tintas, telas e pincéis. Chegando lá vi muitos outros corajosos que usam o parque como cenário para corridas, caminhadas, passeios com o cachorro, vi também ciclistas e ginastas. Aí me dei conta mais uma vez de como gosto mesmo de pintura e de arte. A mesma adrenalina, o mesmo bem estar que aqueles sentem ao praticar esporte eu sinto ao ver um pedaço de pano branco se transformar em algo vivo e único. Se me convidassem para correr eu não o faria, mas para pintar, não consigo recusar e melhor ainda quando é em grupo, como foi o caso neste domingo onde pintei em companhia de mais alguns corajosos amantes da arte. Obrigada pelo convite Sociedade de Aquerelistas do Paraná.



João Paulo e Dante Mendonça.

















Sandra Kuniwake e Francis Iwamura.


















Thiago Bueno Salcedo.


















E muitos curitibanos curtindo esta manhã gelada do jeito que mais gostam.












E aqui está o que consegui realizar em uma hora e meia, mais alguns detalhes e consigo terminar. Creio que voltarei muitas vezes ainda para pintar estas imagens refletidas.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Um Castelo e um Farol

Para que um farol em Curitiba? Uma cidade situada a 120 quilômetros do mar? A resposta não sei ao certo, mas sei que hoje visitei um lindo farol escondido dentro de um castelo de conto de fadas. Do farol podia ver passarinho, tubarão e um jardim. Descendo as escadas passei pelo Egito, vi uma tourada, um casamento e até o Cristo Redentor. Já vou explicar. Hoje foi dia de visitar um Museu com meus alunos de pintura, ou quase um Museu. Escolhi este ano visitar um canto de Curitiba que muitos nem conhecem, as pinturas de Miguel Bakun que ficam no Sótão do castelo do Batel. 




Ana Julia, Laura, Kael, Rúbia, Helena, Leonardo e Jordan dentro do Castelo.























Detalhe da Sala Dourada.
























Vitral representando as Cataratas do Iguaçu.
















O Castelo do Batel do lado de fora. Pertencente a família Lupion.















Uma pequena parte do grande sótão que tem as paredes recobertas pelas pinturas de Miguel Bakun. Pintor paranaense que foi também influenciado pelas pinturas de Vincent Van Gogh.











Bem no alto, a torre é toda pintada como se estivéssemos dentro de um farol. Como não é permitido fotografar reproduzi fotos que encontrei na internet na página "paraná online."










Para conhecer um pouco mais....















segunda-feira, 15 de junho de 2015

Investir em Arte 2

E o que a Mona Lisa de Leonardo Da Vinci e o Abaporu de Tarsila do Amaral tem em comum? Mona Lisa, conhecida como a obra prima deste pintor italiano pintada em 1503, não se encontra na Itália como é bem sabido e sim em Paris no Museu do Louvre Abaporu, obra que representa bem a arte brasileira, pintada em 1928, sendo ícone da Arte Madernista brasileira também não se encontra no Brasil, mas sim em nossa vizinha Argentina no Museu Malba. Mas como este quadros forma parar nestes lugares? Leonardo da Vinci passou os últimos anos vivendo na França pra onde ele levou a Mona Lisa, que consta também como sendo o seu quadro preferido. Na França esta pintura foi comprada por Francisco I da França. Mas a Mona Lisa ganhou grande destaque e se tornou realmente conhecida em 1911 quando foi roubada por um italiano que queria vê-la novamente em seu país de origem. Já o Abaporu está na Argentina porque foi comprado por  um investidor em arte, chamado Eduardo Constantini (proprietário do Malba) em 1995. 


Mona Lisa. Pintura a óleo sobre madeira de álamo. Tamanho 77 cm x 53 cm.























A tela no Museu do Louvre.




















Abaporu. Óleo sobre tela. Tamanho 85 cm x 72 cm. A tela no Malba - Museu de Arte Latinoamericana de Buenos Aires.













Para começar a investir em arte não são necessários muitos dólares mas sim um olhar atento. Eduardo Constantini também começou assim.

ISTOÉ -
 Por que o sr. começou a colecionar arte?
EDUARDO COSTANTINI -
 A primeira vez que pus os pés em uma exposição foi em 1968, eu tinha então 22 anos. Havia uma galeria de arte chamada Atelier, a duas quadras da minha casa em Acassuso, província de Buenos Aires, onde um dia eu vi, pela janela, o trabalho do artista argentino Antonio Berni (1905-1981), de seu último período. Voltei à galeria dias depois para perguntar o preço. Eu não tinha dinheiro suficiente para comprar a pintura, uma vez que tinha acabado de começar a trabalhar, então eu comprei dois trabalhos menores de Leopoldo Presas e Ivan Vasileff. E paguei em prestações. A compra desses dois trabalhos foi o começo, mas depois continuei comprando arte esporadicamente. Naquela época, eu não tinha ideia de que um dia me tornaria um colecionador.   texto extraído da revista Isto é 06.Set.14 














quinta-feira, 11 de junho de 2015

Investir em Arte

Estou conhecendo um pouco sobre restauro de obras de arte, para ser mais específica, sobre restauro de pinturas em tela. E a história começa assim.... Recentemente tive a oportunidade de tentar restaurar duas pintura a óleo de um amigo, achei que não seria algo tão difícil. Peguei meus livros da época da faculdade, procurei por informações na internet mas, ao colocar em prática não funcionaram. Plano B, procurar ajuda profissional. Fui em busca do professor de restauro que tive nas Belas Artes, Alan S. Hanke e com sua ajuda e a ajuda da restauradora Maria Cecília  e Aline tenho aprendido muito. As telas precisavam de um reentelamento, de limpeza, de preenchimento e somente depois começa a recomposição da imagem. Sim, em Curitiba há gente que leva isso muito a sério e tem sido muito bom conhecer este ramo e o cuidado e profissionalismo que o restauro envolve. Mas, em uma conversa com a Sra. Maria Cecília lhe perguntei se nesta época de crise no Brasil ainda há gente que investe em arte e ela me respondeu que sim. Nesta época de incertezas econômicas, onde não se sabe no que é seguro investir a arte tem sido uma boa escolha. E você, já pensou em investir em arte? No próximo post vou comentar um pouco mais sobre o assunto.



Imagem 1 . Tela com desgaste e perda de camada pictórica.

















Tela 2 . Cavalo azul. Tela com manchas devido a umidade e um pequeno rasgo na altura do olho. Esta parecia ser bem menos trabalhosa.



















Imagens foram retiradas de seus antigos bastidores e neste momento estavam prontas para o reentelamento. Primeiramente a imagem precisava ser fixada, pois ao mais leve toque estava se soltando do suporte (tecido de algodão).


















Ema vez reenteladas e presas em novos bastidores segue-se a próxima etapa, limpeza e remoção do verniz, que neste caso, com o passar dos anos alterou as cores originais da obra. Ainda há muito trabalho pela frente, mas é bom conhecer coisas novas, pessoas novas e tudo isso envolvido em assunto que gosto muito. ARTE. 







sábado, 6 de junho de 2015

Paisagem refletida

Acho que começo a entender um pouco o mestre Monet. Pintei as ninfeias uma vez, assim meio sem pretensões. Era pra ser somente mais um plein air. Olhei e pensei "posso fazer melhor", tem tanta coisa acontecendo aí. Posso ver a superfície da água, mas também vejo o fundo, e ainda mais, vejo tudo refletido e por fim as ninfeias, boiando e como que me mostrando que não estou de cabeça pra baixo. Já dizia Monet:

Estas paisagens refletidas tornaram-se para mim uma obrigação, que ultrapassa as minhas forças que são as de um velhote. Mas mesmo assim, eu quero chegar ao ponto de reproduzir aquilo que sinto. E espero que estes esforços sejam coroados de êxito. 



E quando se está pintando ao livre é bem normal receber uma visitinha inesperada. Esta libélula me fez companhia o dia todo.









Um simples recorte de papel ajuda a manter o foco no motivo a ser pintado.











Depois de algumas horas, trabalho pronto. Óleo sobre tela, 30 x 50.