terça-feira, 28 de julho de 2015

Mercado Municipal de Curitiba

Em 1958 o Mercado Municipal de Curitiba foi estabelecido no endereço em que agora se encontra, a rua Sete de Setembro. Mas antes disso, já desde 1860 funcionava na Praça Zacarias, depois mudou-se para Praça Generoso Marques, este foi demolido para dar lugar a sede da Prefeitura. Curitiba então ficou alguns anos sem Mercado Municipal antes de ser construído o novo, que permanece até hoje. Lugarzinho agitado de vendedores simpáticos, comidinhas pra todos os gostos, aromas que se renovam a medida que se vai passeando pelos corredores sempre cheios, cores que abrem o apetite e convidam, porque não, a pintura!? Sim, neste sábado juntamente com outros colegas do Urban Sketchers de Curitiba fui achando um lugarzinho para retratar um pouco do que via com tintas telas e pincéis.




Em um cantinho ajeitei o cavalete e escolhi algumas laranjas para retratar. Foto de Francisco Camargo.













Entre caixas e olhares curiosos, depois de duas horas finalizei. E ao meu lado estava a Rúbia, minha aluna. Foi um prazer estar com ela. Foto de Susan Blum Moura.




















Tive que compartilhar esta foto. Só um pouquinho de amor a cidade. Foto de Francisca Cury.




















E quando o tempo termina, nos reunimos para a foto. E eu sempre penso a mesma coisa. Queria fazer uma série deste lugar, vi tanta coisa bacana hoje.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Um Domingo no Parque

Estava ali sentadinha, quatro e pouco de uma ensolarada tarde de domingo. Inverno, Curitiba, o sol deu as caras e muitas pessoas tiveram a mesma ideia. Apreciando o ar fresco sinto o cheiro mais típico de um domingo no parque, algodão doce. Tento não me distrair demais, afinal só tenho uma hora para fazer um sketch de alguma cena do Jardim Botânico. Mal começo a pintura e já se aglomeram algumas pessoas ao meu redor e uma turminha agitada de crianças. "-Posso pintar também tia?  -Pode. Pinta aqui no tronco. -Eu também quero! -Calma, é melhor vocês buscarem um papel pois não tenho outra tela." Aí elas voltam com papel, como não tenho outra palheta pego uma tampinha do godê e coloco ali dentro uma cor, vermelho da corfix, explico que somente poderão usar esta cor e pra tomarem muito cuidado pois esta tinta não sai se manchar a roupa. Tento continuar minha pintura. De repente ao olhar para o lado vejo elas pintando com azul. "-Azul meninas? -É tia." Olhando para minha maleta meio bagunçada pergunto: "-Mas qual azul vocês pegaram? -Esse aqui." E me mostram a tinta Windsor & Newton. É faz parte de pintar no parque....


Quase na hora de voltar para casa, mas não sem antes tirar uma foto. Cada um que participou leva um cantinho do parque na memória e no papel. Foto de Iricelma Medina.









Compartilhando os trabalhos. Não importa o suporte e nem a técnica, o que importa é amar o que faz, o resto é consequência.
Foto de Francisca Cury.



















Tela em andamento, tentando me concentrar enquanto.... Foto de Iricelma Medina





















...as crianças brincam e pintam e tagarelam. Aqui em companhia de outro talentoso pintor, Dulcídio Fernandes. Foto de Danielle Neves.



























segunda-feira, 20 de julho de 2015

20 minutos

Já percebeu como agora na TV tem programas voltados pra culinária? É  Guerra dos Cupcakes, é programa com crianças cozinhando outro sobre Foodtrucks, outro sobre comidas esquisitas pelo mundo  e assim vai. Conversando a respeito desta comilança toda e comentando sobre a falta de programas voltados pra outras áreas como as artes, por exemplo, fiquei sabendo que em São Paulo acontece um tipo de reality show chamado ART BATTLE.  Neste evento, 16 artistas ficam pintando durante 20 minutos enquanto um público de aproximadamente 400 pessoas os observa e no final vota no que mais gostou e ainda podem comprar os quadros no final. Amei a ideia e vou copiar aqui uma frase que ouvi sobre o evento, de um dos organizadores, "tem muitos artistas que vivem pra arte, mas ainda não conseguem viver dela." Um evento desses com certeza ajuda.


Os artistas no centro pintando enquanto o público os observa. O desafio maior é o tempo, 20 minutos.






















segunda-feira, 13 de julho de 2015

Antes e Depois

Talvez o que você esteja vendo ao olhar para uma pintura não seja exatamente o que o autor gostaria que você visse. Muitas obras de arte antigas não conservam as cores originais. Isto pode ocorrer por alguns motivos. Após a pintura ter sido concluída costumava-se passar um verniz para proteger a obra. Este verniz pode amarelar alterando assim as cores. Outras vezes foi apenas a sujeira de anos que se acumulou. Mas um meticuloso trabalho de restauro pode devolver as cores originais o obra. Selecionei aqui algumas imagens que mostram obras antes e depois de serem restauradas.


Obra de Rafael da época do Renascimento italiano. Leia Mais:http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,obra-prima-de-rafael-e-exibida-apos-10-anos-de-restauracao,265859Leia Mais:http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,obra-prima-de-rafael-e-exibida-apos-10-anos-de-restauracao,265859Leia Mais:http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,obra-prima-de-rafael-e-exibida-apos-10-anos-de-restauracao,265859Rafael que viveu entre 1483 e 1520, pintou este quadro por volta de 1506 como presente de casamento. "A virgem e o pintassilgo" representa Maria com duas crianças, uma Jesus Cristo e a outra João Batista.

















A obra que sofreu todo tipo de avaria, passou por uma restauração de 10 anos.
Agora pode-se ver os tons de azul do céu aparecendo e a o riacho passando ao fundo desta paisagem toscana. As faces da Madona voltaram a ser rosadas e o vestido de um vermelho intenso trás o destaque devido. Atualmente encontra-se na Galleria degli Uffizi na Florença.



Se o antes e depois da primeira obra já é impressionante, a que mostro a seguir é ainda mais.


"Os pescadores" do pintor francês Claude-Joseph Vernet. Pintura do século XVIII antes do restauro.















Agora sim a paisagem mostra o entardecer com uma luz rosada que domina toda a paisagem. Pode-se até ver os pássaros voando e a história se desenvolvendo no primeiro plano.











A restauração mais impressionante do meu ponto de vista é a da Capela Sistina situada no Vaticano. Sua decoração em afrescos, pintada pelos maiores artistas da Renascença, incluindo Michelangelo, Rafael, Bernini e Sandro Botticelli foi realizada nos anos de 1477- 1480.









Detalhe da Pintura da Capela que passou por diversos restauros, mas o mais significativo foi o que começou em 1980 e foi concluído em 1999. A remoção da sujeira fez aparecer as cores vibrantes.






"A Criação" de Michelangelo, pintado no centro do teto da capela antes do restauro.









A mesma imagem após o restauro. Esta restauração mais recente teve um efeito profundo sobre os amantes da arte e historiadores, quando cores e detalhes que não tinham sido vistos por séculos foram descobertos.stadão All Digital + Impresso todos os dias Diz-se que todos     Diz-se 
Siga @Estadao no TwitterAssine o Estadão All Digital + Impresso todos os dias
Siga @Estadao no TwitterAssine o Estadão All Digital + Impresso todos os dias
Siga @Estadao no Twitter

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Unidade na diversidade

Unidade na diversidade. Estas são palavras que preciso colocar em prática em minhas pinturas. Participei de um curso de pintura com Alexandre Reider este final de semana. Artista paulistano que admiro e que esteve aqui em Curitiba na Pigmento Academia de Arte.


Esta é uma tela do mestre, Alexandre Reider. O que me chama atenção é a sensação de profundidade



A questão da atmosfera é algo que me agrada muito nas obras de Alexandre Reider. O desafio agora e transportar isto para as pinturas que farei daqui pra frente. Sabe quando uma pessoa sabe ensinar e não esconde nada? Assim foi este final de semana com este mestre. A admiração só cresceu.


O professor me ensinando a sair do óbvio, a dar mais sentido as pinceladas.











Sketch realizado no curso com pinceladas certeiras do mestre. Tamanho 18 x 24. Óleo sobre tela.