quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Um ovo e pó xadrez

Já comentei que a pintura tem muito a ver com a cozinha? Pois tem. Recentemente ensinei aos meus alunos uma técnica chamada "têmpera". Esta técnica usa uma tinta com base em gema de ovo. A base de todo material de colorir é um aglutinante e um pigmento. Na têmpera o aglutinante mais usado é o ovo. Aglutinante é como a própria palavra já diz, algo que segura, que junta tudo. Agora ficou fácil. No caso do giz de cera, o aglutinante é a cera, na tinta a óleo, o aglutinante é óleo e assim vai. Pintar com têmpera de ovo é muito bom, a tinta é elástica, tem boa cobertura e seca rápido. A receita básica é: Uma gema peneirada, meia casca de ovo de água destilada ou filtrada e 10 gotas de óleo de cravo (este como fungicida). Misturar bem e acrescentar pó xadrez até virar uma pasta líquida. Pronto, agora é só pintar.



Ah, e o recipiente para fazer cubinhos de gelo serve como godê. Pintura e cozinha se misturando novamente. Helena e Laura experimentando a técnica pela primeira vez.










Kael e Ana Júlia casualmente escolheram o mesmo motivo e fazem uma bela pintura usando somente as três primárias.












Usamos somente o pó xadrez como corante, facilmente encontrado em lojas de materiais de construção. A cor azul, bem forte é a mais fiel à cor primária original. Aqui, Rúbia fazendo uma borboleta.









E como em qualquer receita, dá bagunça, mas feito com carinho, o resultado fica bom.






quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Plein Air no parque Barigui

En Plein Air, ao ar livre, Alfresco. Até os nomes são bonitos, soam bem, dão uma sensação de coisa boa. Muito do que somos hoje se estabelece na infância. Ontem, enquanto pintava no Parque Barigui pensava sobre o que me levava a pintar ao ar livre. Cheguei a conclusão de que é algo que já está em mim ficar ao ar livre, amo estar em conato com a natureza, a brisa fresca, água, passear e me deparar com algo inusitado, ....voltando a infância me lembro de levar minhas bonecas pra brincar de acampar, (só elas, eu não)  de tomar banho de piscina, que nada mais era do que uma bacia. Quando o tempo estava para chuva eu também gostava de estar fora, sentindo a intensidade do vento. Então nada mais natural do pintar onde mais gosto de estar, en plein air.



Deixei meu filho no colégio e com mala e cuia fui ao Barigui. Comecei a pintar por volta das 8:00 e fiquei até ser vencida pelos mosquitinhos.













Alguém veio dar uma olhadinha.


 Aqui dando umas últimas pinceladas. Precisei de duas manhãs para concluir esta tela.

















segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Casa Cor Paraná

Neste inverno com cara de verão fui visitar  o evento Casa Cor Paraná 2015. Já vi alguma edições anteriores e achei esta bem interessante, o estilo da decoração em geral bem menos formal. Talvez porque o tema era "o Brasil visto por dentro" ou, em outras palavras "o jeito brasileiro de morar", ufa! finalmente. Móveis baixos, muita madeira, aproveitando ao máximo o jeitão de cada espécie, plantas pelos ambientes e o que mais me interessava, observei as paredes. Em edições anteriores vi paredes cobertas de todos os tipos de materiais, de tijolos a metais, de papéis a vidros, mas tudo impessoal. Como artista plástica, fiquei feliz ao ver que no jeito brasileiro de morar as fotos bem emolduradas ganharam destaque, bem como pinturas, desenhos, ilustrações e aquarelas.



Neste projeto Praça Casa Cor, o muralismo ganhou espaço entre as plantas adicionando cor em qualquer estação do ano.  Vários painéis de vidro com pinturas de artistas como Celestino Dimas, Sandra Hiromoto, e Marcelo Le ambientam o jardim projetado por Wolfgang Schlögel.
















Living. Espaço criado por André Bertoluci e Martha Coelho. A estante guarda um espaço para esta pintura de José Gonçalves.












O quarto do rapaz recebeu fotografias emolduradas. Projeto de Bruno Colle.




















Procuro sempre ver o lado bom das coisas, mas algo não ficou legal na Casa Cor. Em vários ambientes onde havia plantas, estas estavam secas e descuidadas. Não combinou com o jeito brasileiro de viver.



























quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Dois passarinhos, uma história.

Experiência única e a primeira de muitas, assim espero. Haveria um culto de mulheres e a querida Gisah Batista Janzen que acabou de voltar da Califórnia onde viveu a experiência de ver pessoas pintando durante um culto a Deus me perguntou se eu faria isso. Na hora eu respondi que sim, pois tenho o desejo de honrar a Deus através da arte. Não havia planejado nada sobre o que pintar e quando cheguei a Igreja ainda percebi que havia esquecido as tintas em casa. Tudo bem, ao invés de pintura, foi um desenho. Enquanto cantávamos perguntei em pensamento ao Espírito Santo o que eu deveria desenhar. Tive uma percepção em meu íntimo que deveria pintar um passarinho em um ninho. O ninho deveria estar protegido debaixo de folhas. Estaria chovendo, mas o passarinho estaria protegido. Assim fiz, enquanto a Gisah falava sobre sua vida e sobre como Deus agiu nela e através dela. Quando ela acabou me chamou e também minha nora Ana, para mostrarmos o que tínhamos desenhado. Estes desenhos poderiam ser entregues também para alguém que o Espírito Santo nos guiasse a entregar. Mas veja só que surpresa, mesmo eu não sabendo o que a Ana iria desenhar e ela não sabendo o que eu iria desenhar, mesmo estando distantes uma da outra, ela também tinha desenhado um passarinho no ninho (pena que não tenho nenhuma foto deste momento). Mesmo não sabendo antecipadamente tudo o que faremos, se formos guiados pelo Espírito Santo faremos exatamente o que  Deus quer que façamos.

“O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.” João 3: 8



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