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segunda-feira, 4 de abril de 2016

De repente

E de repente tudo muda.... e não dá nem mais para atualizar o blog. Aconteceu assim. Em novembro de 2015 recebi um e-mail da Maira, colega de Belas Artes, no qual se apresentava uma vaga para professora de artes no Colégio Suíço brasileiro. Um pré requisito que limitava bem o número de candidatos, é que o professor deveria falar alemão. Assim meio sem querer, mandei meu currículo. Me chamaram para uma entrevista, depois para uma aula experimental e enfim, estou dando aula, muitas aulas. Estava muitos anos longe das salas de aula, mas sabe como é, é como andar de bicicleta, ser professora está no sangue, simplesmente amo ensinar. Logo, a minha pintura está tendo que esperar um pouco. Agora é tempo de mostrar o que meus alunos estão fazendo.




O quarto ano aprendeu como os animais foram representados em pinturas, esculturas e colagens e um dos trabalhos que fizeram foi uma escultura de um bicho em argila, que cobriram com "grama", simulando uma topiaria.



O quinto ano aprendeu sobre Wassily Kandinsky e usou muita cor em pinturas abstratas.


Entre outras coisas também pintamos ovos. 



Esculturas de frutas em argila, que foram devidamente pintadas.


 

O nono ano aprendeu perspectiva e depois aplicou o desenho em uma escultura.



A sala de aula foi invadida por letras e.... ah sim! brilho, muito brilho.


O ensino médio aprendeu a importância do valor tonal na pintura.




E como o melhor sempre fica para o final, a última aula de sexta vai para........o último ano do ensino médio. Olha a carinha de entusiasmo deles. Brincadeirinha, eles estão compenetrados em uma leitura.







quarta-feira, 16 de setembro de 2015

7 Dicas para pintar ao ar livre.

Aposto que tem muita  gente que gostaria de pintar ao ar livre mas não o faz porque se sente acanhado ou acha que não vai ficar bom. Tenho um conselho; viva a experiência e não se concentre tanto no resultado nem com que os outros vão dizer. Uma vez que você começar a pintar ao ar livre vai querer repetir a experiência de novo e de novo. Nem se compara com o processo de pintar a partir de uma fotografia, pois as decisões tem que ser tomadas de forma rápida, o que resulta numa pintura muito mais solta e por que não, impressionista.
Quando pintar ao ar livre responda a estas 6 perguntas:

  • Onde está o meu interesse principal?
  • Se eu só puder usar 5 formas, quais serão?
  • Quais são as principais linhas horizontais e verticais e como a luz as está seguindo?
  • Onde está o maior contraste? Onde está o escuro mais denso? Onde está o claro mais brilhante?
  • O que vai ajudar a trazer  observador para dentro da cena?
  • Qual é a temperatura da luz, luz quente ou luz fria?
  • E uma dica: Semi cerrar os olhos, isto ajuda a simplificar a cena e reduzir os valores tonais. Assim pode-se ver mais facilmente as grandes massas e não se distrair com detalhes.
Pronto, espero que ajude. Comece, pratique  e aprenda com os grandes mestres.


 Por exemplo nesta cena onde havia muitos verdes,  tomei um cuidado especial com o valor tonal para não transformar a paisagem em uma cena monótona. Coloquei um escuro bem denso atrás e deixei a frente iluminada. Foto de Valmir Singh.









quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Um ovo e pó xadrez

Já comentei que a pintura tem muito a ver com a cozinha? Pois tem. Recentemente ensinei aos meus alunos uma técnica chamada "têmpera". Esta técnica usa uma tinta com base em gema de ovo. A base de todo material de colorir é um aglutinante e um pigmento. Na têmpera o aglutinante mais usado é o ovo. Aglutinante é como a própria palavra já diz, algo que segura, que junta tudo. Agora ficou fácil. No caso do giz de cera, o aglutinante é a cera, na tinta a óleo, o aglutinante é óleo e assim vai. Pintar com têmpera de ovo é muito bom, a tinta é elástica, tem boa cobertura e seca rápido. A receita básica é: Uma gema peneirada, meia casca de ovo de água destilada ou filtrada e 10 gotas de óleo de cravo (este como fungicida). Misturar bem e acrescentar pó xadrez até virar uma pasta líquida. Pronto, agora é só pintar.



Ah, e o recipiente para fazer cubinhos de gelo serve como godê. Pintura e cozinha se misturando novamente. Helena e Laura experimentando a técnica pela primeira vez.










Kael e Ana Júlia casualmente escolheram o mesmo motivo e fazem uma bela pintura usando somente as três primárias.












Usamos somente o pó xadrez como corante, facilmente encontrado em lojas de materiais de construção. A cor azul, bem forte é a mais fiel à cor primária original. Aqui, Rúbia fazendo uma borboleta.









E como em qualquer receita, dá bagunça, mas feito com carinho, o resultado fica bom.






segunda-feira, 6 de julho de 2015

Unidade na diversidade

Unidade na diversidade. Estas são palavras que preciso colocar em prática em minhas pinturas. Participei de um curso de pintura com Alexandre Reider este final de semana. Artista paulistano que admiro e que esteve aqui em Curitiba na Pigmento Academia de Arte.


Esta é uma tela do mestre, Alexandre Reider. O que me chama atenção é a sensação de profundidade



A questão da atmosfera é algo que me agrada muito nas obras de Alexandre Reider. O desafio agora e transportar isto para as pinturas que farei daqui pra frente. Sabe quando uma pessoa sabe ensinar e não esconde nada? Assim foi este final de semana com este mestre. A admiração só cresceu.


O professor me ensinando a sair do óbvio, a dar mais sentido as pinceladas.











Sketch realizado no curso com pinceladas certeiras do mestre. Tamanho 18 x 24. Óleo sobre tela.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Um Castelo e um Farol

Para que um farol em Curitiba? Uma cidade situada a 120 quilômetros do mar? A resposta não sei ao certo, mas sei que hoje visitei um lindo farol escondido dentro de um castelo de conto de fadas. Do farol podia ver passarinho, tubarão e um jardim. Descendo as escadas passei pelo Egito, vi uma tourada, um casamento e até o Cristo Redentor. Já vou explicar. Hoje foi dia de visitar um Museu com meus alunos de pintura, ou quase um Museu. Escolhi este ano visitar um canto de Curitiba que muitos nem conhecem, as pinturas de Miguel Bakun que ficam no Sótão do castelo do Batel. 




Ana Julia, Laura, Kael, Rúbia, Helena, Leonardo e Jordan dentro do Castelo.























Detalhe da Sala Dourada.
























Vitral representando as Cataratas do Iguaçu.
















O Castelo do Batel do lado de fora. Pertencente a família Lupion.















Uma pequena parte do grande sótão que tem as paredes recobertas pelas pinturas de Miguel Bakun. Pintor paranaense que foi também influenciado pelas pinturas de Vincent Van Gogh.











Bem no alto, a torre é toda pintada como se estivéssemos dentro de um farol. Como não é permitido fotografar reproduzi fotos que encontrei na internet na página "paraná online."










Para conhecer um pouco mais....















sexta-feira, 29 de maio de 2015

Se permita a experiência

Não é intenção minha fazer qualquer propaganda aqui, mas vale a pena ver o olhar da criança sobre uma obra de arte. Excelente comercial, inspirador para aqueles que criam, um estímulo pra continuar. Vários amigos me dizem, "até gostaria de entender a arte, mas quando vou aos museus, acho as obras tão estranhas." Aqui vai uma dica. Seja apenas sincero como uma criança. Se gostar, diga que gosta, e se não gostar, também, tudo bem. Apenas se permita a experiência.


quarta-feira, 13 de maio de 2015

Atelier

Cada profissão requer um ambiente de trabalho distinto, com as ferramentas necessárias a sua disposição.  O marceneiro precisa de uma marcenaria, com serras, madeiras, mesas de corte. O dentista precisa de um consultório com uma cadeira específica para o paciente. O florista de espaço que possa manusear com liberdade e criatividade a sua mercadoria. E não é diferente com o artista plástico. Ele necessita de um atelier, de preferência espaçoso onde possa trabalhar e desenvolver a sua forma de expressão escolhida. Aqui selecionei algumas imagens de artistas que admiro e seus ateliers e uma obra que possivelmente tenha realizado neste espaço. 



Atelier do pintor barroco holandês Rembrandt. Recriado na casa que ele viveu entre 1639 a 1658 em Amsterdã. A grande sala como era chamado, recbia muita luz natural, aliás este grande mestre é conhecido pela beleza no uso de luz e sombra em suas obras.







"Ronda Noturna" pintada entre 1640- 1642. 




















Atelier de Paul Cezanne. Pintor francês, modernista. Cituado em Aix-en-Provence. No atelier se encontram os as estátuas de gesso, roupas, objetos móveis e cartas.














"Natureza morta com cesto". Motivo que Cezanne pintou diversas vezes, procurando sugerir o volume com cor ao invés de luz.















Georgia O'Keeffe, em seu atelier localizado no Novo México. 















"Papoulas orientais" 1928. Esta pintura reflete sua visão sobre enxergar a beleza na simplicidade. 















A artista brasileira Beatriz Milhazes, em seu atelier, no Rio de Janeiro.









E aqui estou com a artista em sua exposição "Meu Bem", no Museu Oscar Niemayer, em 2013.














As super coloridas telas demostram sua ligação com o artesanato brasileiro e a arte popular. A técnica que ela desenvolveu é a de pintar com tinta acrílica sobre uma superfície de plástico para depois tranferí-la para tela.













quinta-feira, 23 de abril de 2015

Meninas super poderosas

Essas meninas superpoderosas vão longe. Eu comecei a estudar pintura em um atelier particular aos 17 anos e essas meninas aos 12 já estão indo super bem. As duas coisas mais importantes elas já tem, gostam de pintura e levam jeito pra coisa. Lindinha, Florzinha e Docinho, com um pincel na mão que poder teriam?


Laura, em sua primeira pintura a óleo.














Apesar de pintar uma paisagem com cores predominantemente marrons, Laura aprendeu a criar todas as cores que necessita apenas com magenta, azul ultramar, amarelo de cádmio e branco.







Helena pintou um fundo com bordas pouco definidas para dar destaque as flores em primeiro plano.













Ana Julia junta em suas pinturas duas coisas, o gosto pelos animais e pela pintura.










Não canso de admirar o poder da cor e da forma.  

terça-feira, 17 de março de 2015

Museus

A pintura se aprende nos museus. 
                                           Pierre Auguste Renoir

Muitas brincadeiras povoaram minha infância, brincava de boneca, de carrinho, montava cabanas em terrenos abandonados. Muitas cenas e pessoas vem a minha mente, acompanhados de sorrisos pelas boas lembranças, mas certamente uma brincadeira que não podia faltar, era ser professora. Lembro-me do prazer que era brincar de ensinar. E não é que a brincadeira virou coisa de adulto? Gosto de passar o conhecimento adiante, de acompanhar a mudança e o progresso daqueles que aprendem, gosto da convivência com alunos, e quem mais aprende sempre acaba sendo o professor. Aprender juntos é bom demais e com este intuito visito Museus com meus alunos.


Em 2013 visitamos a exposição "A Magia de Esher" no Museu Oscar Niemeyer. Nesta foto Ana Julia, Luana e Gabriela.













Ué? Entramos no quadro de Esher? 

















Em 2014 visitamos o Museu da Gravura, situado no Solar do Barão. Na foto Helena e Luana em frente a um mural com os inconfundíveis traços de Denise Roman.



















Ufa, cansamos, o jeito é esperar para ver onde vamos em 2015.




























terça-feira, 3 de março de 2015

Pequenos artistas

"Meu tio, o artista plástico Vint Lawrence, achava que três perguntas devem ser feitas sobre cada pintura: O artista tem algo a dizer? Ele diz isso bem? E o mais importante: o artista deixa que eu tire minha própria conclusão? O ato de podermos completar o pensamento do artista é essencial para a apreciação de uma pintura. Um processo semelhante acontece com a arte de ensinar; as lições mais eficazes são aquelas em que os alunos são guiados até o ponto em que podem dar os últimos passos sozinhos." Extraído do livro "Um bom professor faz toda a diferença" de Taylor Mali.

Aqui quero deixar o registro daquilo que meus alunos de desenho e pintura estão fazendo. Amo dar aula e acho que as vezes me entusiasmo mais com o trabalho do  que eles propriamente.


E assim começam as aulas: desenho de observação com lápis grafite. Aqui a Rúbia está desenhando um personagem prestando atenção a importância dos tons.


Antes de começar a trabalhar com cor um pouco de Teoria da Cor. Desenho da aluna Camila.



A aluna Bianca usando uma foto como referência para seu desenho sobre papel vegetal com lápis de cor. 



Próxima etapa, lápis de cor aquarelável, aqui um desenho da aluna Rúbia.



Após aprender a forma e a cor , os alunos passam então a tinta óleo sobre tela.


Kael dando os últimos detalhes em sua pintura.