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quarta-feira, 19 de abril de 2017

Um perfeito dia de outono

     Uma borboleta amarela?
Ou uma folha seca
Que se desprendeu e não quis pousar?
Mario Quintana Como descrever os prazeres do outono?Dias mais calmos, céu mais claro, vontade de tomar um chocolate quente, catar folhas douradas, curtir o aconchego de casa, cheiro de folhas secas queimando, o ar gelando. Num dia desses, de outono, decidi pintar novamente no parque Barigui. Preparei tudo no dia anterior, tintas, palheta, papéis, solvente etc e tal... e para que a pintura flua melhor é bom pintar a tela com uma camada de tinta a óleo. Fiz isso também, porém cometi um erro, misturei muito solvente no óleo, assim a tela estava seca ao toque mas quando comecei a pintura, logo percebi que cada pincelada se misturava com a tinta de baixo, que no caso era marrom, logo, tudo estava ficando marrom. Tudo bem. Calma. O jeito é aprender a lidar com imprevistos. 


Usei mais tinta do que geralmente uso e menos pinceladas também, pois só queria depositar uma nova camada de tinta e não queria que esta se misturasse com a camada de baixo. E não é que funcionou? Eu gostei, mas o maior elogio veio mesmo de uma abelha que veio bisbilhotar na minhas flores.



Então, assim passei algumas horas aprendendo com a prática, aprendendo com aquilo que parecia ser um erro. Curtindo uma manhã fresquinha de Curitiba. E o resultado final? Aqui está







segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

E 2015 se foi......

Que ano, ufa! Acabou.... na verdade acabou só mais um dia, amanhã começa tudo de novo, mas já que convencionamos no calendário gregoriano, que no dia 31 de dezembro acaba um ciclo que chamamos de ano e que no dia 1º de janeiro começa um novo ciclo, então vamos aproveitar e olhar para trás e aprender com o que passou. Podemos tentar melhorar o que for possível. Talvez até tomar aquela decisão pela décima vez e dizer: "Dessa vez vai", mas ..... por que não fechar o ano de 2015 com chave de ouro? Enquanto alguns se enfiavam em longas filas, seja no caminho para o litoral ou no caixa do supermercado, aproveitei o último dia do ano em ótima companhia para desenhar, aquarelar e curtir um belo parque curitibano, o Parque Tanguá.



Acampamos de baixo de uma sombra fresca e começamos. Elenita que aproveitou para ler, Ana minha norinha, toda equipada para fazer uma ilustração em aquarela, Rúbia, irmã da Ana que neste ano foi minha aluna usando suas aquarelas novinhas e eu, que geralmente pinto com tinta a óleo hoje me arrisquei na aquarela também.





Coisas de Curitiba. Um carro elétrico da guarda municipal rondando pelo parque. Um tanto quanto inusitado, mereceu uma foto.




  Depois de algumas horas pintando, conversando, ouvindo música e claro, também fizemos um pique-nique, voltamos.



Aquarela da Ana. Amei a moça tirando uma selfie na passarela e o patinho na lagoa, que de fato estava lá. 



2015 se foi, 2016 está aqui, Na verdade nada mais é do que um dia que segue o outro. Não sei quanto a você, mas que eu quero viver cada dia com toda intensidade possível. Que seja bom para todos.
















sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Caiu a Ficha

Um domingo desses fui visitar o MON, Museu Oscar Niemayer. Queria ver principalmente a Bienal. Encontrei lá uma amiga, a Nadiane, formada como designer de produtos. Dias depois estávamos conversando e aí surgiu o assunto Bienal. Comentei que havia ficado um tempão na fila para ver uma determinada obra. "E aí, o que você achou"? me perguntou a Nadiane. "Humm, achei que aquela obra está mais para experiência científica do que para obra de arte". "Ah! eu gostei,  entendo que hoje as pessoas não querem mais somente ficar observando uma obra de arte, querem fazer parte dela." Sabe quando cai a ficha? Então, a minha ficha caiu. Entendi então o que acontece quando vou pintar ao ar livre no Parque Barigui. Frequentemente ouço a pergunta. "Posso tirar uma foto?" Achei estranho mesmo quando vi um rapaz fazendo uma selfie comigo ao fundo, me achei meio com cara de atração turística. Mas deixando isto de lado, recebi tantos elogios, pessoas me dizendo que o dia delas foi diferente simplesmente por ter visto uma cena tão inusitada. Outros dizendo que parece que entraram em um filme  e ainda outras parando para conversar simplesmente. E aqui estão fotos de pessoas que passaram por lá e registraram.




Então, quem sai ganhando mais? Eu me sinto super feliz por ser reconhecida.






Na foto até parece que estou sozinha,  que tenho todo o parque só pra mim. Só parece, de repente ouço um "com licença, posso tirar uma foto?" (foto de Marlyn Tows)




Aqui conheci uma senhora que canta ópera e no momento ela estava me mostrando um vídeo de celular onde ela estava cantando. Amo música e saí ganhando novamente. (Foto de Marlyn Tows e foto abaixo de Thais Amorim.)



Sim,  agora entendi o que acontece, as pessoas que me veem pintando tão de bem com a vida, se sentem parte da obra. Elas melhoram o meu dia e eu melhoro o dia delas. Tudo de bom.






sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Já ouviu algo sobre Alfred Sisley?

Em maio deste ano tive a oportunidade de conhecer o Museu d'Orsay. Depois de 1 hora na fila no frio entrei e fui logo ao último andar, para a Ala dos Impressionistas. Chegando lá me deparei com uma multidão querendo ver o mesmo que eu, os famosos quadros de Renoir, Monet, Manet e Degas, depois me toquei que o d'Orsay estava mais cheio neste dia pois o Louvre fecha na terça, exatamente o dia em questão. Mas a questão é que uma vez lá, me deparei com as pinturas de Alfred Sisley e fiquei encantada com um aspecto, as pinturas expressavam exatamente a hora do dia, a estação do ano e a temperatura do ar. Um desafio pessoal como pintora de plein air. Não basta acertar a forma, mas tento transmitir a sensação do dia e nisto Alfred Sisley no meu ponto de vista acertou em cheio.



Tudo bem que o título da obra ajuda, mas mesmo antes de vê-lo já pode se notar que é um dia agradável de temperaturas amenas de primavera. "Antes do verão em Saint Mammes. Óleo sobre tela. 49 x 65 cm. Pintado em 1883.










E aqui, nesta tarde quente de verão, quase posso ouvir as cigarras cantando. "Campina". Óleo sobre tela. 55 x 73 cm. Pintado em 1875













Esta tela demonstra uma tarde de inverno. A luz quente da tarde produz sombras luminosas bem retratadas com um toque de violeta, complementando a cor amarelada da paisagem. "Caminho de Louveciennes". Óleo sobre tela.  54 x 75 cm. Pintado em 1873.








E por fim, um auto retrato do pintor. Alfred Sisley que nasceu em Paris, onde passou a maior parte de sua vida. Era sustentado por seu pai, pois suas obras obras só foram valorizadas após sua morte aos 59 anos de idade.





quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Plein Air no parque Barigui

En Plein Air, ao ar livre, Alfresco. Até os nomes são bonitos, soam bem, dão uma sensação de coisa boa. Muito do que somos hoje se estabelece na infância. Ontem, enquanto pintava no Parque Barigui pensava sobre o que me levava a pintar ao ar livre. Cheguei a conclusão de que é algo que já está em mim ficar ao ar livre, amo estar em conato com a natureza, a brisa fresca, água, passear e me deparar com algo inusitado, ....voltando a infância me lembro de levar minhas bonecas pra brincar de acampar, (só elas, eu não)  de tomar banho de piscina, que nada mais era do que uma bacia. Quando o tempo estava para chuva eu também gostava de estar fora, sentindo a intensidade do vento. Então nada mais natural do pintar onde mais gosto de estar, en plein air.



Deixei meu filho no colégio e com mala e cuia fui ao Barigui. Comecei a pintar por volta das 8:00 e fiquei até ser vencida pelos mosquitinhos.













Alguém veio dar uma olhadinha.


 Aqui dando umas últimas pinceladas. Precisei de duas manhãs para concluir esta tela.

















segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Cores Primárias

"Uma obra de arte em pintura deveria ser bonita e expressiva como a cor e forma abstrata e não deveria necessariamente nos causar interesse em alguma história - ou então pertence ao campo da ilustração." John F. Carlson.

Tenho escolhido pintar cenas ao ar livre, mas a paixão que me move é ver um pedaço de pano branco se transformar em algo que faça alguém parar por um momento para admirar o movimento da pincelada, a força da cor, a tensão entre as linhas, a harmonia ou não da composição. 




"Primeira neve". Também minha primeira tentativa de pintar apenas com as três cores primárias e branco. Esta tela pintei de uma foto que tirei ao viajar para o Canadá.
óleo sobre tela  
20 x 30



"Bromélia", tela pintada em Estância Hidromineral Ouro Fino em Campo Largo.
óleo sobre tela
30 x 40























"Pinheiro"
óleo sobre tela
20 x 30
R$ 280,00
Plein air







"Praia de Palhoça"
óleo sobre tela
20 x 30
Comecei a pintar no local e terminei em casa pois aquelas nuvens rapidamente se tornaram em chuva.







"Parreiral"
óleo sobre tela
20 x 30
Como foi difícil achar o "azul certo" para este céu.