Já comentei que a pintura tem muito a ver com a cozinha? Pois tem. Recentemente ensinei aos meus alunos uma técnica chamada "têmpera". Esta técnica usa uma tinta com base em gema de ovo. A base de todo material de colorir é um aglutinante e um pigmento. Na têmpera o aglutinante mais usado é o ovo. Aglutinante é como a própria palavra já diz, algo que segura, que junta tudo. Agora ficou fácil. No caso do giz de cera, o aglutinante é a cera, na tinta a óleo, o aglutinante é óleo e assim vai. Pintar com têmpera de ovo é muito bom, a tinta é elástica, tem boa cobertura e seca rápido. A receita básica é: Uma gema peneirada, meia casca de ovo de água destilada ou filtrada e 10 gotas de óleo de cravo (este como fungicida). Misturar bem e acrescentar pó xadrez até virar uma pasta líquida. Pronto, agora é só pintar.
Ah, e o recipiente para fazer cubinhos de gelo serve como godê. Pintura e cozinha se misturando novamente. Helena e Laura experimentando a técnica pela primeira vez.
Kael e Ana Júlia casualmente escolheram o mesmo motivo e fazem uma bela pintura usando somente as três primárias.
Usamos somente o pó xadrez como corante, facilmente encontrado em lojas de materiais de construção. A cor azul, bem forte é a mais fiel à cor primária original. Aqui, Rúbia fazendo uma borboleta.
E como em qualquer receita, dá bagunça, mas feito com carinho, o resultado fica bom.
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
quarta-feira, 12 de agosto de 2015
Plein Air no parque Barigui
En Plein Air, ao ar livre, Alfresco. Até os nomes são bonitos, soam bem, dão uma sensação de coisa boa. Muito do que somos hoje se estabelece na infância. Ontem, enquanto pintava no Parque Barigui pensava sobre o que me levava a pintar ao ar livre. Cheguei a conclusão de que é algo que já está em mim ficar ao ar livre, amo estar em conato com a natureza, a brisa fresca, água, passear e me deparar com algo inusitado, ....voltando a infância me lembro de levar minhas bonecas pra brincar de acampar, (só elas, eu não) de tomar banho de piscina, que nada mais era do que uma bacia. Quando o tempo estava para chuva eu também gostava de estar fora, sentindo a intensidade do vento. Então nada mais natural do pintar onde mais gosto de estar, en plein air.
Deixei meu filho no colégio e com mala e cuia fui ao Barigui. Comecei a pintar por volta das 8:00 e fiquei até ser vencida pelos mosquitinhos.
Alguém veio dar uma olhadinha.
Aqui dando umas últimas pinceladas. Precisei de duas manhãs para concluir esta tela.
Deixei meu filho no colégio e com mala e cuia fui ao Barigui. Comecei a pintar por volta das 8:00 e fiquei até ser vencida pelos mosquitinhos.
Alguém veio dar uma olhadinha.
Aqui dando umas últimas pinceladas. Precisei de duas manhãs para concluir esta tela.
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
Casa Cor Paraná
Neste inverno com cara de verão fui visitar o evento Casa Cor Paraná 2015. Já vi alguma edições anteriores e achei esta bem interessante, o estilo da decoração em geral bem menos formal. Talvez porque o tema era "o Brasil visto por dentro" ou, em outras palavras "o jeito brasileiro de morar", ufa! finalmente. Móveis baixos, muita madeira, aproveitando ao máximo o jeitão de cada espécie, plantas pelos ambientes e o que mais me interessava, observei as paredes. Em edições anteriores vi paredes cobertas de todos os tipos de materiais, de tijolos a metais, de papéis a vidros, mas tudo impessoal. Como artista plástica, fiquei feliz ao ver que no jeito brasileiro de morar as fotos bem emolduradas ganharam destaque, bem como pinturas, desenhos, ilustrações e aquarelas.
Neste projeto Praça Casa Cor, o muralismo ganhou espaço entre as plantas adicionando cor em qualquer estação do ano. Vários painéis de vidro com pinturas de artistas como Celestino Dimas, Sandra Hiromoto, e Marcelo Le ambientam o jardim projetado por Wolfgang Schlögel.
Living. Espaço criado por André Bertoluci e Martha Coelho. A estante guarda um espaço para esta pintura de José Gonçalves.
O quarto do rapaz recebeu fotografias emolduradas. Projeto de Bruno Colle.
Procuro sempre ver o lado bom das coisas, mas algo não ficou legal na Casa Cor. Em vários ambientes onde havia plantas, estas estavam secas e descuidadas. Não combinou com o jeito brasileiro de viver.
Neste projeto Praça Casa Cor, o muralismo ganhou espaço entre as plantas adicionando cor em qualquer estação do ano. Vários painéis de vidro com pinturas de artistas como Celestino Dimas, Sandra Hiromoto, e Marcelo Le ambientam o jardim projetado por Wolfgang Schlögel.
Living. Espaço criado por André Bertoluci e Martha Coelho. A estante guarda um espaço para esta pintura de José Gonçalves.
O quarto do rapaz recebeu fotografias emolduradas. Projeto de Bruno Colle.
Procuro sempre ver o lado bom das coisas, mas algo não ficou legal na Casa Cor. Em vários ambientes onde havia plantas, estas estavam secas e descuidadas. Não combinou com o jeito brasileiro de viver.
quinta-feira, 6 de agosto de 2015
Dois passarinhos, uma história.
Experiência única e a primeira de muitas, assim espero. Haveria um culto de mulheres e a querida Gisah Batista Janzen que acabou de voltar da Califórnia onde viveu a experiência de ver pessoas pintando durante um culto a Deus me perguntou se eu faria isso. Na hora eu respondi que sim, pois tenho o desejo de honrar a Deus através da arte. Não havia planejado nada sobre o que pintar e quando cheguei a Igreja ainda percebi que havia esquecido as tintas em casa. Tudo bem, ao invés de pintura, foi um desenho. Enquanto cantávamos perguntei em pensamento ao Espírito Santo o que eu deveria desenhar. Tive uma percepção em meu íntimo que deveria pintar um passarinho em um ninho. O ninho deveria estar protegido debaixo de folhas. Estaria chovendo, mas o passarinho estaria protegido. Assim fiz, enquanto a Gisah falava sobre sua vida e sobre como Deus agiu nela e através dela. Quando ela acabou me chamou e também minha nora Ana, para mostrarmos o que tínhamos desenhado. Estes desenhos poderiam ser entregues também para alguém que o Espírito Santo nos guiasse a entregar. Mas veja só que surpresa, mesmo eu não sabendo o que a Ana iria desenhar e ela não sabendo o que eu iria desenhar, mesmo estando distantes uma da outra, ela também tinha desenhado um passarinho no ninho (pena que não tenho nenhuma foto deste momento). Mesmo não sabendo antecipadamente tudo o que faremos, se formos guiados pelo Espírito Santo faremos exatamente o que Deus quer que façamos.
“O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.” João 3: 8
“O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.” João 3: 8
Leia mais AQUI!
terça-feira, 28 de julho de 2015
Mercado Municipal de Curitiba
Em 1958 o Mercado Municipal de Curitiba foi estabelecido no endereço em que agora se encontra, a rua Sete de Setembro. Mas antes disso, já desde 1860 funcionava na Praça Zacarias, depois mudou-se para Praça Generoso Marques, este foi demolido para dar lugar a sede da Prefeitura. Curitiba então ficou alguns anos sem Mercado Municipal antes de ser construído o novo, que permanece até hoje. Lugarzinho agitado de vendedores simpáticos, comidinhas pra todos os gostos, aromas que se renovam a medida que se vai passeando pelos corredores sempre cheios, cores que abrem o apetite e convidam, porque não, a pintura!? Sim, neste sábado juntamente com outros colegas do Urban Sketchers de Curitiba fui achando um lugarzinho para retratar um pouco do que via com tintas telas e pincéis.
Em um cantinho ajeitei o cavalete e escolhi algumas laranjas para retratar. Foto de Francisco Camargo.
Entre caixas e olhares curiosos, depois de duas horas finalizei. E ao meu lado estava a Rúbia, minha aluna. Foi um prazer estar com ela. Foto de Susan Blum Moura.
Tive que compartilhar esta foto. Só um pouquinho de amor a cidade. Foto de Francisca Cury.
E quando o tempo termina, nos reunimos para a foto. E eu sempre penso a mesma coisa. Queria fazer uma série deste lugar, vi tanta coisa bacana hoje.
Em um cantinho ajeitei o cavalete e escolhi algumas laranjas para retratar. Foto de Francisco Camargo.
Entre caixas e olhares curiosos, depois de duas horas finalizei. E ao meu lado estava a Rúbia, minha aluna. Foi um prazer estar com ela. Foto de Susan Blum Moura.
Tive que compartilhar esta foto. Só um pouquinho de amor a cidade. Foto de Francisca Cury.
E quando o tempo termina, nos reunimos para a foto. E eu sempre penso a mesma coisa. Queria fazer uma série deste lugar, vi tanta coisa bacana hoje.
quinta-feira, 23 de julho de 2015
Um Domingo no Parque
Estava ali sentadinha, quatro e pouco de uma ensolarada tarde de domingo. Inverno, Curitiba, o sol deu as caras e muitas pessoas tiveram a mesma ideia. Apreciando o ar fresco sinto o cheiro mais típico de um domingo no parque, algodão doce. Tento não me distrair demais, afinal só tenho uma hora para fazer um sketch de alguma cena do Jardim Botânico. Mal começo a pintura e já se aglomeram algumas pessoas ao meu redor e uma turminha agitada de crianças. "-Posso pintar também tia? -Pode. Pinta aqui no tronco. -Eu também quero! -Calma, é melhor vocês buscarem um papel pois não tenho outra tela." Aí elas voltam com papel, como não tenho outra palheta pego uma tampinha do godê e coloco ali dentro uma cor, vermelho da corfix, explico que somente poderão usar esta cor e pra tomarem muito cuidado pois esta tinta não sai se manchar a roupa. Tento continuar minha pintura. De repente ao olhar para o lado vejo elas pintando com azul. "-Azul meninas? -É tia." Olhando para minha maleta meio bagunçada pergunto: "-Mas qual azul vocês pegaram? -Esse aqui." E me mostram a tinta Windsor & Newton. É faz parte de pintar no parque....
Quase na hora de voltar para casa, mas não sem antes tirar uma foto. Cada um que participou leva um cantinho do parque na memória e no papel. Foto de Iricelma Medina.
Compartilhando os trabalhos. Não importa o suporte e nem a técnica, o que importa é amar o que faz, o resto é consequência.
Foto de Francisca Cury.
Tela em andamento, tentando me concentrar enquanto.... Foto de Iricelma Medina
...as crianças brincam e pintam e tagarelam. Aqui em companhia de outro talentoso pintor, Dulcídio Fernandes. Foto de Danielle Neves.
segunda-feira, 20 de julho de 2015
20 minutos
Já percebeu como agora na TV tem programas voltados pra culinária? É Guerra dos Cupcakes, é programa com crianças cozinhando outro sobre Foodtrucks, outro sobre comidas esquisitas pelo mundo e assim vai. Conversando a respeito desta comilança toda e comentando sobre a falta de programas voltados pra outras áreas como as artes, por exemplo, fiquei sabendo que em São Paulo acontece um tipo de reality show chamado ART BATTLE. Neste evento, 16 artistas ficam pintando durante 20 minutos enquanto um público de aproximadamente 400 pessoas os observa e no final vota no que mais gostou e ainda podem comprar os quadros no final. Amei a ideia e vou copiar aqui uma frase que ouvi sobre o evento, de um dos organizadores, "tem muitos artistas que vivem pra arte, mas ainda não conseguem viver dela." Um evento desses com certeza ajuda.
Os artistas no centro pintando enquanto o público os observa. O desafio maior é o tempo, 20 minutos.
Os artistas no centro pintando enquanto o público os observa. O desafio maior é o tempo, 20 minutos.
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